É engraçada essa coisa toda de amor e
desamor. Eu sinceramente já tentei entender e não consigo. Pouco neurônio pra
algo tão complexo.
Não é que eu seja romântica
incorrigível ou coisa do tipo. A questão é que eu não tenho esse dom de amar
pela metade e "desamar" por completo; e repentinamente.
Acredito que as palavras só devem ser
pronunciadas se com elas estiver a sinceridade. Aliás, a tal sinceridade devia estar
presente em tudo; no olhar, no sorriso, no silêncio...
We heart it |
Pra mim não existe isso de, por
exemplo, "ex-amiga". Se é ex é porque nunca foi de verdade. Você
conta a sua vida pra pessoa e ela se abre a ponto de contar pra você que o
namorado dela tem fetiches por usar cueca rosa. Como que de repente vocês
passam a não se olhar mais? A não se gostar mais?
Tem que ter sentimento pra ter
intimidade. E isso é à base da amizade.
Aí você tem uma prima que foi criada
com você. Compartilhavam bonecas, sonhos, roupas - às vezes até os namoradinhos
aleatórios. Só que por algum motivo da vida, a distância começa a tomar uma
proporção grande, vocês não conversam mais e faz pouco caso da presença uma da
outra.
Não sei ser assim. Não sei lidar com
amores passageiros.
Sou do tipo que é amiga até debaixo
d'água e que passa horas vendo fotos antigas, só pra relembrar os melhores
momentos.
Já disse e repito: não sou metade. E
nem sei ser assim. Já tentei, confesso, mas não combina comigo.
Não sou do tipo que gosta de sofrer
(existe gente que realmente goste? acho que não), mas sou aquela que se envolve
por completo em uma relação. Choro se for preciso, mas gosto mais de sorrir.
Aquele sorriso bobo e sem motivo, sabe?
Respeito é algo que eu priorizo sempre.
Não consigo - não mais - dividir um sentimento em dois. Estou com a pessoa, sou
dela (não no sentido literal e sufocante). Simplesmente amo!
Amo, sonho, faço planos e por aí vai.
Pra muita gente parece besteira, perda de tempo agir assim. Mas, sinceramente
(olha a sinceridade aí, gente...), real perda de tempo é enganar o outro, é
viver sem amor, é ser sempre metade.
Aliás, perda de vida é não ser o motivo
do sorriso de alguém; é não ter o que e com quem compartilhar bons momentos; é
deixar-se ser apenas mais um no meio de mais de 7 bilhões de habitantes do
mundo.