Tento diariamente tirar da cabeça quaisquer lembranças relacionadas a você. Luto por uma vida tranquila, dias ensolarados e sono sem agitação. Sem aqueles momentos de aperto no peito devido às recordações dos momentos intensos que tivemos.

Sempre que me pego nessa batalha, acabo com folhas rabiscadas, cheias de palavras sinceras e escritas pelo meu coração. Tolice a minha!

Sabe, eu sinceramente não sei o que houve pra nos aproximarmos e muito menos pra fazer-te ir embora. Eu realmente não compreendo os motivos, razões e/ou circunstâncias que me fizeram enxergar em ti um porto seguro. Afinal, você é um poço de instabilidade nunca visto antes em qualquer pessoa ou lugar.

'Querido' era a forma carinhosa como me referia a você aos demais. 'Companheiro' era a qualidade que eu fazia questão de mostrar pra todo mundo que você tinha, e de sobra.

Entre inúmeras qualidades e ações que eu, em meu mundo da lua, fazia questão de dizer que você tinha, nunca pensei que conquistador barato, no fundo, seria a mais avantajada.

Lembra quando você resolveu revelar que estava apaixonado? E das vezes em que você dizia que felicidade era encontrar meu sorriso apaixonado e meu colo aconchegante?

Acredito que a única coisa que você tenha esquecido, meu 'querido', foi de juntar os cacos do meu coração. 

Entre tantas cartas que já te escrevi; tantas palavras doces e pedidos para que voltasse, nunca pensei que pediria com todas as letras pra você ficar.

Fica, querido! Fica exatamente onde você está agora; sozinho, longe e sem me causar qualquer dano que seja.

Fica aí onde você se encontra e tenha como lembrança apenas as minhas palavras que, sinceramente, já não sei se são tão verdadeiras e amorosas como antes.

Fica com esta última carta que diz o que eu sempre te pedi em todas as vezes que você resolvia aparecer, mas com um significado diferente.

Fica... exatamente onde você está. Longe de mim!